Você já sentiu gratidão por uma empresa ou marca que forneceu alguma informação ou material valioso para você, e de graça? O quanto ela subiu no seu conceito? Este é um dos objetivos do marketing de conteúdo.
Além de gerar o sentimento de reciprocidade, ele tem o poder de tornar uma empresa, profissional ou marca uma autoridade em um assunto.
Os benefícios são muitos, como você verá neste artigo. Mas, antes, vamos ao conceito de marketing de conteúdo.
O que é marketing de conteúdo
Marketing de conteúdo é a estratégia que envolve a criação e distribuição de conteúdo ao público para atingir objetivos de marketing.
Ela contribui para gerar posicionamento da empresa, fortalecimento da marca, relacionamento com cliente, fechar vendas e promover fidelização.
Também conhecida no Brasil pelo seu termo em inglês, content marketing, a estratégia é conceituada por Joe Pulizzi, referência mundial no assunto.
Em seu livro, “Marketing de Conteúdo Épico”, Pulizzi fala sobre como as marcas usam o content marketing para se destacarem no mercado e obter mais clientes.
Quando traz o conceito do marketing de conteúdo, fica claro como funciona a estratégia e o que ela deve abranger:
“…o processo de marketing e de negócios para a criação e distribuição de conteúdo valioso e convincente para atrair, adquirir e envolver um público alvo bem definido e compreendido – com o objetivo de dirigir a ação do cliente rentável.”
Joe Pulizzi
Ou seja, nem todo conteúdo que você vê por aí é “de marketing”. Logo, há uma diferença entre conteúdo e marketing de conteúdo. Vamos descobrir como diferenciar…
Quando um conteúdo é considerado conteúdo de marketing?
40% das empresas que realizam o content marketing no Brasil ainda confundem este processo com a pura produção de conteúdo.
Para explicar, vamos tomar como exemplo o conteúdo na internet.
Conteúdo digital é tudo o que é publicado em sites, redes sociais ou enviado por e-mail para os usuários com o objetivo de informar, engajar ou divertir.
Por isso, podemos considerar qualquer imagem, vídeo, áudio, pixel ou palavra como conteúdo.
Agora, vamos relembrar o que é content marketing.
Para isso, voltaremos à definição do Joe Pulizzi, em que um conteúdo de marketing deve conduzir o usuário a uma ação que seja rentável. São exemplos:
geração de lead;
consideração de compra;
compra;
e retenção de cliente.
Logo, podemos afirmar que um conteúdo de marketing é feito para levar a uma mudança de comportamento. Assim, essa mudança precisa estar relacionada aos objetivos de marketing.
Para entender o marketing de conteúdo digital
Entendeu por que nem todo conteúdo que você encontra na internet tem o viés do content marketing?
Vamos aprender um pouco mais…
Que tipo de estratégia é o marketing de conteúdo?
Marketing de conteúdo é uma estratégia que direciona a criação e distribuição de conteúdo a possíveis clientes ou clientes com o objetivo de gerar lucro para as empresas.
Ele pode estar dentro de uma estratégia global de marketing ou ser realizado como uma estratégia única.
Importante: quando há uma estratégia para todo o marketing, a realização do content marketing precisa estar alinhada às principais definições desta estratégia global.
Neste sentido, você precisa considerar alguns elementos fundamentais ao fazer o marketing de conteúdo.
Defina o público, os canais de distribuição e de contato com clientes e prospects, por exemplo.
Ou seja, você precisa saber para quem produzir conteúdo e onde entregar antes mesmo da sua criação.
Além disso, conheça o comportamento do público, com suas características, dores e seus desejos.
Tudo isso pode ser melhor compreendido no content marketing ao utilizar a abordagem de buyer personas, que por sinal é muito bem explicada no livro da Adele Revella, referência mundial em marketing.
Ela ensina a metodologia e as técnicas necessárias para descobrir o público ideal do content marketing, as buyer personas, que são:
“…perfis de compradores que sejam de fato úteis e que sejam fiéis à realidade, e não somente peças de ficção criadas a partir da imaginação do seu time de marketing.”
Isso é fundamental para o content marketing! Pois, considerando esse público (ou buyer personas), o objetivo de marketing e o canal de distribuição, podemos aumentar a assertividade do content marketing.
Assim, o conteúdo certo é entregue às pessoas certas e no lugar certo.
Estratégias de marketing com conteúdo
Em se tratando de estratégias do marketing como um todo, é comum que o marketing de conteúdo seja desenvolvido com o inbound marketing.
Nesta estratégia, são aplicadas técnicas de marketing para a atração de pessoas com potencial de compra para que entrem no funil de marketing.
A entrada no funil e o avanço pelas demais etapas do funil são mudanças de comportamento que geralmente são impulsionadas pelo content marketing, como exemplificamos a seguir.
A estratégia de content marketing é potencializada pelo inbound marketing, ou marketing de atração
Mas quais os reais ganhos para as empresas que investem cada vez mais em content marketing?
Por que investir em marketing de conteúdo
As empresas investem no marketing de conteúdo porque ele dá lucro.
Inclusive, a efetividade da estratégia foi comprovada pela principal referência mundial no tema, o Content Marketing Institute (CMI).
Na última pesquisa sobre o tema, o instituto constatou que:
98% das ações de content marketing são consideradas bem-sucedidas, de acordo com os profissionais de marketing.
Além da efetividade, a crescente adoção e a importância do marketing de conteúdo nas empresas também são evidenciadas nas pesquisas do CMI ao longo dos anos, veja!
Referências: pesquisas de 2016, 2021, 2022 e 2023 do Content Marketing Institute
O mais interessante é que esta estratégia não discrimina setor ou porte. Funciona para todos!
Assim, ele beneficia tanto microempreendimentos quanto multinacionais.
A criação e distribuição de conteúdo relevante para o usuário com o objetivo de marketing é importante para as empresas porque gera: aumento de vendas, relacionamento com clientes, fortalecimento da marca e posicionamento da empresa.
Para melhor explicar a você esses benefícios, tomo a liberdade de relacionar entre si os tópicos listados por Politi. Na minha visão, eles se encadeiam em sequência e promovem o melhor funcionamento de todo funil.
Observe!
Posicionamento da empresa
Com a criação e distribuição de conteúdo estratégico, a empresa se posiciona no mercado quanto aos tópicos mais importantes para o seu negócio.
Fortalecimento da marca
Ao consumir conteúdos relevantes para si, a pessoa considera a empresa uma autoridade e referência.
Desta forma, content marketing torna o branding mais efetivo.
Aumento de vendas
Ao estar pronto para consumir, o público relembra da marca. É o efeito do share of mind (lembrança da marca).
O sentimento de reciprocidade também tem seu efeito aqui. Após consumir conteúdos gratuitos e relevantes da empresa, a pessoa quer retribuir considerando a marca na sua escolha de compra.
Relacionamento com clientes
O trabalho do content marketing não para nas vendas. Ele realiza uma contínua geração de valor da empresa junto aos clientes no pós compra, com o objetivo de fidelização.
E se você acha que isso tudo é novo e surgiu com a internet, está na hora de mudar sua perspectiva.
Conheça alguns exemplos de marketing de conteúdo ao longo de quase 200 anos de existência.
3 grandes exemplos de marketing de conteúdo (nada convencionais)
Entre os exemplos de marketing de conteúdo que fizeram história, trago para você estes que me chamaram a atenção e descrevi na minha monografia de pós-graduação.
No século XIX, o jornal impresso The New York Sun tinha como objetivo aumentar a circulação do seu periódico. Mas havia o desafio da alta concorrência na época.
Foi quando resolveram criar um conteúdo exclusivo para seus leitores:
Em 1835, o jornal publicou uma série de seis artigos descrevendo uma científica descoberta de vida na Lua. Haviam animais fantásticos, árvores, oceanos e praias.
O resultado foi 15.000 impressos por dia ainda na primeira história, o que já o tornou o maior jornal em circulação.
O e-book A Brief History of Content Marketing conta que, mesmo após a descoberta da farsa, a circulação continuou crescendo. E que por volta de 1837, o The New York Sun chegou a uma circulação de 30.000 jornais.
Obs.: o crime, eu (a autora) não concordo que compensa. Mas o marketing de conteúdo, sim! Esta é a minha mensagem aqui (só para deixar claro rs).
O século XX ainda estava prestes a começar. E a Michelin já estava lá com sua estratégia de content marketing.
A empresa publicou em 1900 o primeiro Guia Michelin (“The Michelin Guides”), um impresso com 400 páginas de conteúdo de interesse do seu público.
O material trazia um guia para manutenção de veículos e um catálogo sobre alojamentos e alimentação durante passeios na França.
Além disso, informava onde encontrar mecânicos e revendedores dos pneus da própria empresa.
Ou seja, além de um case de marketing de conteúdo, o Guia Michelin cumpre muito bem o brand utility (que é toda ação, produto ou conteúdo gratuito que faz diferença para o consumidor).
O mais interessante é que o Guia Michelin existe até os dias de hoje. Agora, no formato digital.
3. Nike + Apple: produto digital com conteúdo criado pelo consumidor
Em 2006, a Nike criou em parceria com a Apple o Nike+iPod, um tênis com uma tecnologia para mapear e acompanhar o progresso de corredores em um iPod.
Durante a corrida, o Nike+ informava a distância percorrida, o número de calorias queimadas pelo praticante e outros dados também relevantes para a prática.
Para Rebecca Lieb, as empresas criaram mais um diferencial, onde cada usuário cria o seu conteúdo útil, para seu próprio proveito.
Observe que, aqui, os clientes se aproximam ainda mais das marcas, seus produtos e serviços.
Deu para perceber as mais diversas possibilidades de aplicação do marketing de conteúdo? Isso foi só o começo…
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Jornalista apaixonada por escrever com propósito e desenvolver estratégias que geram resultado! Trabalho desde 2012 com marketing de conteúdo. Aprendi muitas coisas estudando e muitas outras na prática. Compartilho aqui os principais aprendizados ao longo da minha carreira.
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